Bolhas, coceira, inchaço e vermelhidão são sintomas comuns quando o assunto é irritação da pele. Um dos motivos para o surgimento deles é a dermatite de contato, uma reação inflamatória que pode ocorrer no local do contato, a distância ou até em todo o corpo.
Em geral, quando a pele é exposta a um agente externo pode acabar desenvolvendo a dermatite de contato irritativa ou alérgica. Essas irritações são causadas por diversos produtos que entram em contato com a nossa pele, como: produtos de limpeza, cosméticos, metais, borracha e até alguns tipos de plantas!
Também conhecida como “eczema de contato”, a dermatite de contato é uma doença cutânea — que, como o próprio nome diz, é provocada pelo contato da pele com uma substância capaz de causar irritação. Normalmente ela se manifesta de duas formas: irritativa e alérgica. Confira mais detalhes abaixo!
Esse caso acontece quando o ativo causador da doença é um agente irritativo, como ácidos, sabonetes e ativos químicos. Eles atingem a superfície da pele e danificam as células, que como consequência liberam substâncias que geram vermelhidão, descamação e coceira.
De acordo com a Dra. Vanessa Ottoboni, dermatologista, a DCA ocorre quando a pele entra em contato com substâncias alergênicas mais de uma vez. “Trata-se de uma reação imunológica que libera uma grande cascata de substâncias inflamatórias”.
“Após 24 a 48h do contato, as lesões surgem na pele, podendo aparecer no mesmo local ou a distância. A pele pode apresentar vermelhidão, descamação e até bolhas e em geral coça muito”, explica.
Os sintomas de dermatite de contato podem variar bastante, indo de lesões vermelhas capazes de causar coceira de leve, ardor e queimação até algum desconforto maior no local. Algumas vezes, podem aparecer um leve inchaço e até mesmo bolhas.
Dependendo do tempo e da intensidade da dermatite de contato, o paciente pode desenvolver aspereza e formação de crostas na região atingida. Por esse motivo, é muito importante procurar a ajuda de um dermatologista assim que os sintomas começarem a surgir.
Existem pessoas mais propensas a esse tipo de condição? Sim! Em geral, está mais exposto a essa doença quem trabalha com substâncias como borrachas, metais e agentes químicos, como é o caso de cabeleireiros, auxiliares de limpeza, pedreiros, etc.
Pessoas com outras patologias relacionadas ao sistema imunológico, como rinite, asma e outros têm altas chances de apresentar esse tipo de dermatite, assim como quem usa muitos produtos desenvolvidos com ativos sintéticos e mais alergênicos.
Pacientes com alteração na barreira lipídica, como é o caso da rosácea e da pele muito ressecada, também precisam ficar atentos, pois a pele tende a ficar irritada com mais facilidade.
Entendido isso, a dúvida que fica é: dermatite de contato é contagiosa? A resposta é: não. Como explicamos anteriormente, ela é caracterizada pelo contato com produtos e cosméticos que tenham substâncias irritativas e alergênicas na fórmula. Sendo assim, ela não passa pelo contato entre pessoas distintas.
Antes de mais nada, o recomendado é identificar o possível agente ou substância causadora da alergia. Assim, é possível ter mais consciência sobre o que evitar na hora de adquirir um novo cosmético. Essa descoberta pode ser feita com bastante observação e ajuda de um dermatologista.
“O Patch Test ou Teste de contato é um exame que avalia 30 substâncias ou mais, inclusive as presentes em cosméticos, e nos ajuda a identificar de forma mais específica as possíveis substâncias causadoras da alergia”, diz a especialista.
Além disso, existem algumas maneiras de amenizar as chances do surgimento dessa doença; um exemplo é dar preferência a produtos hipoalergênicos. Em ambientes profissionais, outra recomendação importante é contar com equipamentos de proteção adequados, como luvas, botas e óculos.
Manter a pele sempre hidratada é mais um meio para a prevenção e o tratamento para dermatite de contato. Isso, porque a hidratação mantém a integridade da barreira protetora da pele, diminuindo a possibilidade de alergia e outras irritações.
Afinal, dermatite de contato tem cura? Não há cura, porém com alguns cuidados e o uso de medicações é possível controlar a doença. Existem diversas variáveis no tratamento, dependendo da extensão e da intensidade do quadro.
A primeira medida para evitar irritações mais graves é romper o uso do produto ou cosmético que tenha desencadeado a irritação. Se as lesões forem localizadas, cremes tópicos, loções e imunomoduladores podem solucionar a crise aguda. O medicamento para dermatite de contato é indicado por um dermatologista.
Lavar o local com sabonetes que não agridam a pele é fundamental, portanto atente-se à escolha dos produtos. Também é importante evitar a exposição solar no período de crise, já que a radiação pode acabar agravando o quadro.