O nono mês do ano é dedicado à conscientização sobre o suicídio. Apesar de ser um assunto delicado, é necessário cada vez mais falar sobre ele nos dias atuais. Por isso, a Biossance trouxe todas as informações a respeito do Setembro Amarelo.
Entenda conosco o que é o Setembro Amarelo e o que fazer para procurar ajudar. Afinal, pedir a orientação de um profissional para qualquer patologia é sempre a melhor escolha!
A história de como surgiu o Setembro Amarelo tem a ver com o suicídio de um jovem aparentemente feliz e que adorava viver. Mike Emme, norte-americano, tinha 17 anos e era apaixonado por seu carro, um Mustang 68. Ele acabou se matando e pegando toda a sua família e amigos de surpresa.
Em seu velório, foram distribuídos cartões com fitas amarelas para simbolizar o amor de Mike por seu carro amarelo. Em cada um deles havia uma mensagem motivacional, dedicada especialmente a quem vinha enfrentando algum problema de saúde mental.
Desde então, em vários lugares do mundo, a cor amarela no mês de setembro simboliza a prevenção ao suicídio e os cuidados com a saúde mental. O dia 10 do mês é o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
No Brasil, o Setembro Amarelo começou a existir de fato no ano de 2015, em uma campanha do Centro de Valorização da Vida (CVV) junto a outros órgãos de medicina brasileiros.
Mas por que ter o Setembro Amarelo? Segundo a OMS, no Brasil, acontecem cerca de 12 mil suicídios por ano. No mundo, esse número chega a 700 mil, uma quantidade bastante alta, sendo uma causa de morte que mata mais do que algumas patologias, como câncer de mama.
A faixa etária predominante fica entre 15 e 39 anos, mas a quantidade de idosos com mais de 65 que comete suicídio também impressiona. Geralmente, eles desenvolvem depressão por estarem mais sozinhos nessa fase da vida.
Sendo assim, é urgente incluir o Setembro Amarelo em discussões diárias para que a prevenção seja ainda mais eficaz. As ações são voltadas principalmente para os cuidados com transtorno mental, como ansiedade e depressão. Quem tem essas patologias pode apresentar mais riscos, mas elas não são as únicas causas do suicídio.
As ações do Setembro Amarelo podem durar o ano inteiro, mas são intensificadas nesse período específico. Acontecem palestras, eventos, e são disponibilizadas muitas informações a respeito da prevenção ao suicídio.
Um dos maiores desafios é quebrar o tabu na hora de falar sobre suicídio. Isso porque o tema pode parecer algo distante de nossa realidade. No entanto, uma pessoa próxima pode estar enfrentando problemas e não deixar transparecer, como foi o caso que originou o período de conscientização.
Afinal, apesar de haver uma faixa etária que mais comete suicídio, todos os indivíduos estão sujeitos. Sendo assim, é fundamental disseminar cada vez mais informações sobre o tema!
Ansiedade e depressão são os tipos de transtornos mentais mais conhecidos, mas não são os únicos existentes. Há outras patologias que também necessitam de ajuda profissional, como o estresse e a bipolaridade.
No caso da ansiedade, os sintomas podem ser leves ou mais graves (acompanhando sinais físicos). Alguns deles são:
A depressão tem sintomas parecidos, mas envolve um mal-estar constante:
É claro que existem outros sintomas que envolvem as duas patologias. O melhor é sempre procurar ajuda profissional caso não esteja bem. Quanto antes o transtorno for identificado e tratado com acompanhamento ou medicação, melhor.
O CVV disponibiliza seus serviços para atender a quem precisa de ajuda todos os dias e em qualquer horário. Uma ligação para o 188 pode mudar tudo para alguém!
Desde 2020, o mundo vive em uma pandemia devido ao novo coronavírus. Ficar em casa, vivendo o sentimento de apreensão por conta de uma doença desconhecida para todos, aumentou a quantidade de pessoas com transtornos mentais.
O número de quem procura ajuda psicológica ou psiquiátrica pode ter aumentado, mas a preocupação também é com quem já fazia algum tipo de tratamento e o abandonou. Isso se deu principalmente devido à dificuldade de acesso aos médicos no período.
Como os problemas de saúde mental são um dos principais motivos para o suicídio, o planeta também está em alerta para a crescente dessas doenças, além do vírus. Pode ser que, após a pandemia, seja necessário um cuidado intensivo e com grande parte da população.
Mais uma vez fica o alerta: busque ajuda para se tratar. Muitas coisas podem ser evitadas com um tratamento adequado, feito com um profissional capacitado e que está pronto para ajudar, como um psicólogo ou psiquiatra!